Estes trabalhos nasceram em 2007, quando finalmente pude me dedicar, integralmente, ao meu fazer artístico.
Como todo artista, sou muito irrequieta. Tenho a necessidade de experimentar novas linguagens, busco me expressar fora do convencional, de forma autêntica, pessoal. Acredito que isso seja fruto de experiências acumuladas durante esse longo tempo.
Mergulhei profundamente no meu íntimo e extrai trabalhos feitos com o coração, e alimentados pela minha memória afetiva.
Meu processo criativo começa com a preparação do suporte que escolhi, num trabalho artesanal. Ao invés do papel, a tela, na qual mesclo tinta acrílica com bico de pena e nanquim, numa feitura minuciosa e apurada. Por isso este trabalho é uma pintura/desenho.
Conservei o desenho como parte fundamental de minha obra, desenvolvi uma solução estética contemporânea na qual se observam também referências a vários movimentos da história da arte, como a pop arte, o geometrismo, o barroco, o surrealismo, o abstrato, e outros mais.
São paisagens sonhadas, em preto e branco, pessoais e cheias de esperanças.
Elas são o começo de tudo. Aliás, já conviviam comigo há muito tempo e eu não notava, ou talvez não desse a devida atenção. Pois bem, ao sair da ideia para a execução é que vi o quanto elas me tocavam, eram expressivas e verdadeiras, fluíam de um jeito visceral e calmo.
Além disso, retomei as pinturas em azulejos, que me causaram um verdadeiro prazer, e uma grande surpresa pelo que pude extrair da técnica do fogo.
Lígia Aguiar
Lígia Aguiar Arte 4.0
terça-feira, 2 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
domingo, 1 de agosto de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Lígia Aguiar comemora 40 anos de arte com exposição no Centro Cultural Correios
Com bico de pena e muita precisão, a artista plástica Lígia Aguiar comemora em Salvador seus 40 anos de arte. Tudo acontece a partir da exposição “Lígia Aguiar Arte 4.0”, selecionada no Edital de Artes Visuais para o Centro Cultural Correios – Salvador, de 8 de julho a 18 de agosto, que além de ser uma síntese da carreira da artista, exibe a sua mais nova fase criativa: são trabalhos em técnica mista quase todos em preto e branco, com detalhes apurados de paisagens especiais em nanquim.
Artista multimídia apresenta mais de 150 obras entre desenhos, pinturas, fotografias, vídeointalações, painéis de azulejo, de tecido e de gravura digital, objetos e uma animação de seus trabalhos para computador.
Destaque ainda para as gordinhas, produzidas na década de 80 e para seu primeiro trabalho em bico de pena, quando entrou na Escola de Belas Artes da Ufba, em 1976.
“Apresento uma síntese de tudo que fiz, afinal a gente sempre recomeça para ter um novo fim”, afirma a artista, que mesmo sem expor individualmente há 16 anos não deixou seu nome esquecido, participando de coletivas e outros movimentos do cenário artístico baiano.
A atual exposição ela dedica aos seus pais, que a incentivaram a seguir a carreira. Seu pai, Aloísio Aguiar, homem das letras, dedicou-lhe um poema reproduzido no catálogo. “Que sabes de tinta, Lígia e tão íntima dela te mostra?”, escreveu quando ela estava começando. Sua resposta veio com a arte, estreando em 1970, no “I Salão de Estreantes”, na histórica e conceituada Galeria Panorama.
Para além da retrospectiva de sua carreira, a exposição revela uma artista versátil e em constante renovação. “A surpreendente fase atual da pintura de Lígia conta com a força do seu desenho, qualificando o realismo da figuração. A artista recorre ao forte impacto do preto e branco para desenvolver, com elementos da natureza, do cotidiano e da sua geometria particular, a originalidade da sua nova pintura”, afirma a crítica de arte Matilde Matos, responsável pela curadoria da mostra.
Segundo ela, “o que diferencia Lígia de outros artistas é essa capacidade de misturar técnicas e mixar as artes. Com a mesma naturalidade que desenha, pinta ou faz gravuras, ela arma um painel para uma peça teatral, monta altares para Santo Antonio e faz instalações numa loja”.
Lígia Aguiar é, literalmente, uma artista multimídia. A tela pode ser também a do computador ou do cinema. Experimentos de arte digital entram igualmente no conjunto de sua obra, e buscam inclusive dialogar com o público: durante a abertura da exposição, um tatuador estará presente para aplicar tatuagens efêmeras à base de henna, com imagens de sua arte.
Destaque também para dois trabalhos em vídeoarte: “Re-produzidas”, que trata da solidão feminina, e acaba de ser selecionado para a X Bienal do Recôncavo, (que acontece no Centro Cultural Dannemann), um dos mais importantes eventos de artes plásticas do país; e “Água”, sobre o desperdício da água, vencedor do prêmio de Melhor Filme Experimental no Festival de Cinema e Vídeo de Muriaé, Minas Gerais, em 2007.
Carreira de sucesso
Desde que assumiu profissionalmente as artes plásticas, em 1978, Lígia Aguiar participou de exposições individuais e de mais de 90 coletivas, inclusive em outros estados e países. Na França, fez exposição individual na galeria Aquarela Bistrô Brasilien e no Musée de Art Naif de L’ille. Além disso, suas obras integram o acervo de museus e de coleções das capitais brasileiras e da Alemanha, Argentina, Espanha, França e Estados Unidos.
Além de centenas de exposições, Ligia tem também uma história de sucesso com design gráfico, cenografia e figurinos. Entre sua vasta produção teatral, trabalhando sobretudo nas produções do Teatro Vila Velha, estão os figurinos da peça “Lábios que Beijei”, dirigida por Paulo Henrique Alcântara, com Nilda Spencer e Wilson Melo, que ganhou o prêmio Copene de Melhor Espetáculo em 1999. Os dois atores inclusive vão receber homenagem póstuma da artista na exposição, através de fotos e desenhos do figurino.
Na televisão, chefiou o núcleo de cenografia da TV Educativa/Bahia, realizando cenários, figurinos e clips poéticos, passando depois para o núcleo de Jornalismo, onde produziu e dirigiu os programas 5 Minutos e Tv Revista.
Lígia Aguiar foi também proprietária da galeria Arte Abaporu, no Pelourinho, onde incentivou artistas emergente e recebeu importantes artistas baianos em encontros artísticos e exposições. Sua arte está registrada nos livros “100 Artistas Baianos”, editado pela Galeria Prova do Artista, e “Arte-Arte Salvador 450 Anos”, pela Prefeitura Municipal de Salvador.
Atualmente, além de criar incessantemente no seu atelier, na Federação, está no rádio e na Internet. É comentarista de artes visuais no programa Multicultura, da Rádio Educadora da Bahia, e articulista do site jornalístico Bahia Já.
Artista multimídia apresenta mais de 150 obras entre desenhos, pinturas, fotografias, vídeointalações, painéis de azulejo, de tecido e de gravura digital, objetos e uma animação de seus trabalhos para computador.
Destaque ainda para as gordinhas, produzidas na década de 80 e para seu primeiro trabalho em bico de pena, quando entrou na Escola de Belas Artes da Ufba, em 1976.
“Apresento uma síntese de tudo que fiz, afinal a gente sempre recomeça para ter um novo fim”, afirma a artista, que mesmo sem expor individualmente há 16 anos não deixou seu nome esquecido, participando de coletivas e outros movimentos do cenário artístico baiano.
A atual exposição ela dedica aos seus pais, que a incentivaram a seguir a carreira. Seu pai, Aloísio Aguiar, homem das letras, dedicou-lhe um poema reproduzido no catálogo. “Que sabes de tinta, Lígia e tão íntima dela te mostra?”, escreveu quando ela estava começando. Sua resposta veio com a arte, estreando em 1970, no “I Salão de Estreantes”, na histórica e conceituada Galeria Panorama.
Para além da retrospectiva de sua carreira, a exposição revela uma artista versátil e em constante renovação. “A surpreendente fase atual da pintura de Lígia conta com a força do seu desenho, qualificando o realismo da figuração. A artista recorre ao forte impacto do preto e branco para desenvolver, com elementos da natureza, do cotidiano e da sua geometria particular, a originalidade da sua nova pintura”, afirma a crítica de arte Matilde Matos, responsável pela curadoria da mostra.
Segundo ela, “o que diferencia Lígia de outros artistas é essa capacidade de misturar técnicas e mixar as artes. Com a mesma naturalidade que desenha, pinta ou faz gravuras, ela arma um painel para uma peça teatral, monta altares para Santo Antonio e faz instalações numa loja”.
Lígia Aguiar é, literalmente, uma artista multimídia. A tela pode ser também a do computador ou do cinema. Experimentos de arte digital entram igualmente no conjunto de sua obra, e buscam inclusive dialogar com o público: durante a abertura da exposição, um tatuador estará presente para aplicar tatuagens efêmeras à base de henna, com imagens de sua arte.
Destaque também para dois trabalhos em vídeoarte: “Re-produzidas”, que trata da solidão feminina, e acaba de ser selecionado para a X Bienal do Recôncavo, (que acontece no Centro Cultural Dannemann), um dos mais importantes eventos de artes plásticas do país; e “Água”, sobre o desperdício da água, vencedor do prêmio de Melhor Filme Experimental no Festival de Cinema e Vídeo de Muriaé, Minas Gerais, em 2007.
Carreira de sucesso
Desde que assumiu profissionalmente as artes plásticas, em 1978, Lígia Aguiar participou de exposições individuais e de mais de 90 coletivas, inclusive em outros estados e países. Na França, fez exposição individual na galeria Aquarela Bistrô Brasilien e no Musée de Art Naif de L’ille. Além disso, suas obras integram o acervo de museus e de coleções das capitais brasileiras e da Alemanha, Argentina, Espanha, França e Estados Unidos.
Além de centenas de exposições, Ligia tem também uma história de sucesso com design gráfico, cenografia e figurinos. Entre sua vasta produção teatral, trabalhando sobretudo nas produções do Teatro Vila Velha, estão os figurinos da peça “Lábios que Beijei”, dirigida por Paulo Henrique Alcântara, com Nilda Spencer e Wilson Melo, que ganhou o prêmio Copene de Melhor Espetáculo em 1999. Os dois atores inclusive vão receber homenagem póstuma da artista na exposição, através de fotos e desenhos do figurino.
Na televisão, chefiou o núcleo de cenografia da TV Educativa/Bahia, realizando cenários, figurinos e clips poéticos, passando depois para o núcleo de Jornalismo, onde produziu e dirigiu os programas 5 Minutos e Tv Revista.
Lígia Aguiar foi também proprietária da galeria Arte Abaporu, no Pelourinho, onde incentivou artistas emergente e recebeu importantes artistas baianos em encontros artísticos e exposições. Sua arte está registrada nos livros “100 Artistas Baianos”, editado pela Galeria Prova do Artista, e “Arte-Arte Salvador 450 Anos”, pela Prefeitura Municipal de Salvador.
Atualmente, além de criar incessantemente no seu atelier, na Federação, está no rádio e na Internet. É comentarista de artes visuais no programa Multicultura, da Rádio Educadora da Bahia, e articulista do site jornalístico Bahia Já.
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